Após a observação de diferentes relatos sobre o Texto: Com os pingos nos "is" da autora Rosita Edler Carvalho fiz várias reflexões sobre o assunto e quero compartilhar algumas delas neste BLOG.
Os primeiros passos para uma proposta inclusiva tem caminhado, tanto na sociedade como na educação, penso que é difícil pensar que ela se torne global em muito pouco tempo e tenha o sentido de igualdade almejado por muitos que promovem ações e projetos, para que isso de fato aconteça. Porém temos que alcançar esse sentido igualitário e oportunizar a todos os mesmos conhecimentos. A todos, sem exceções.
Nós professores temos nosso papel de promover no interior da sala de aula essa igualdade, não sendo isso apenas parte de uma missão e sim um compromisso ético para com nossos alunos e com toda a sociedade.
Apesar de todas as dificuldades inerentes a sala de aula é possível observar que muitos de nós professores da rede estadual de educação, conseguimos promover e até muitas vezes implantar em nossas aulas uma metodologia, centrada num princípio de cooperativismo. Onde as tarefas coletivas conseguem envolvem todos aqueles alunos que se sintam parte daquela ação que impacta em um movimento significativo de construção da aprendizagem. O difícil e não impossível é envolver a todos, afinal somos humanos e nem sempre queremos reconhecer ou mesmo acolher o outro como parte integrante de um determinado grupo.
Todos aprendendo com todos é algo que devemos ter em mente e que é um caminho que nós professores devemos tentar na nossa prática diária, por esse motivo somos tão cobrados para que façamos a diversificação de nossas práticas.
Um caminho que tenho valorizado e buscado é a realização de cursos que possam esclarecer mais sobre os diferentes tipos de deficiências. Gosto de aprender libras, braille e compreender mais sobre o autismo, que tem um índice de prevalência bastante preocupante. Gosto de compreender mais sobre como nossos alunos aprendem a aprender e entender mais sobre suas dificuldades de aprendizagem em matemática.
A ideia de tornar acessível os conteúdos/assuntos que trabalhamos na escola não é e não deve ser visto como algo difícil e inatingível. É simples observar que tanto faz quem seja o aluno, todos tem seu tempo de aprender e devem respeitados na sua individualidade.
Quando na construção de um Mosaico Hexagonal em sala de aula com todos os alunos de uma determinada turma de sextos anos, observei que a professora titular da sala que estava acompanhando naquele dia, auxiliou tanto seus alunos com dificuldades como aqueles com algum tipo de deficiência de forma a orientar a atividade e permitir que cada um dentro de suas possibilidades fizesse o que estava sendo proposto.
A avaliação estava acontecendo naquele momento e todos dentro das suas possibilidades e até mesmo limitações estavam interagindo e construindo conhecimentos. Sendo importante e imprescindível esse registro.
(Lúcio Mauro Carnaúba)
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